Está marcado
para amanhã (7), em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, o encontro entre o
mineirinho Pedro Henrique Melo, 5 anos, e o doador da medula óssea que salvou a
vida desse garotinho, diagnosticado com câncer aos dois anos de idade.
O
transplante foi realizado em novembro de 2014 em Jaú, no Hospital Amaral Carvalho
(HAC),
referência no Brasil em Transplante de Medula Óssea (TMO). Desde então, doador
e receptor desejam se conhecer, mas, por lei, a revelação da identidade de
ambos só pode ser feita pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de
Medula Óssea (Redome), 18 meses após o transplante, com o consentimento das
partes. Todo o processo é documentado, e é levado em consideração o estado de
saúde do receptor.
O doador é
Franknildo Medeiros, 31 anos. Ele vive em Natal, no Rio Grande do Norte, e
viajará mais de 2.700 quilômetros para, finalmente, encontrar a criança que
recebeu sua medula. “Estou mais ansioso do que no próprio dia da doação”,
confessou, por telefone.
Cadastrado
há cerca de 10 anos no Redome, Frank já não esperava mais ser chamado para
fazer a doação. “Eu e minha esposa, Giovania, fizemos o cadastro durante uma
campanha realizada aqui na cidade. Já faz tanto tempo… eu nem me lembrava mais.
Foi uma surpresa”.
Segundo ele, o sentimento de um doador efetivo é quase indescritível. “Fiquei muito, muito feliz, mais ainda por saber que o procedimento foi um sucesso e que pude dar uma nova chance de vida a uma criança. A sensação é muito boa”, declarou.
Festa
Os pais de
Pedro Henrique, Nadjane Lima, 44 anos, e Luís Flavio Melo, 53 anos, com a ajuda
do irmão mais velho, João, 17 anos, já iniciaram os preparativos para receber o
doador em casa. “Vamos realizar uma grande festa para celebrar a vida e
agradecê-lo por essa atitude tão nobre, que não há preço que pague”, disse a
mãe.
Frank, Giovania e o filho, João Guilherme, que tem a mesma idade de
Pedro Henrique, desembarcam em São Paulo. Lá será o primeiro encontro entre as
famílias. Do aeroporto seguem para Pouso Alegre, onde passarão uma semana.
“Toda nossa família e nossos amigos querem conhecer o doador. Quando
descobrimos a doença do Pedro, fizemos uma grande corrente de oração. Foi uma
torcida enorme para encontrar um doador compatível. Agora, todos querem
agradecê-lo e abraçá-lo”, falou Nadjane.
Leucemia
Luís Flavio
contou, aliviado, o drama vivido pela família nos últimos anos. “Em 2013,
começaram a aparecer os primeiros sintomas da doença. Achávamos que era uma
gripe. Ele só apresentava coriza e umas manchinhas nas pernas, como se fossem
uma alergia. Um mês depois, estávamos diante de uma notícia terrível:
descobrimos que ele estava com leucemia e seu estágio era muito avançado, com
96% do sangue comprometido”, lembrou o pai, emocionado.
“O mundo desabou sobre nossas cabeças. Não dá para explicar a sensação”, completou.
“O mundo desabou sobre nossas cabeças. Não dá para explicar a sensação”, completou.
Pedro
iniciou o tratamento quimioterápico em outro hospital do interior de São Paulo.
“Foram meses de quimioterapia. Ele ficou tão debilitado, magro e pálido, que
achamos que não fosse mais voltar”, confessou Luís Flavio.
O pequeno guerreiro, porém, conseguiu vencer a primeira batalha.
Para a família, foi um milagre!
TMO
Embora livre
da doença, Pedro corria um grande risco do câncer recidivar. Foi, então, que os
pais do menino decidiram pelo transplante de medula óssea, e o local indicado
foi o Hospital Amaral Carvalho, o centro que mais faz o procedimento no Brasil.
O serviço de TMO do hospital completa 20 anos de atividades em agosto. Foram mais
de 2.600 transplantes já realizados em duas décadas.
“Começava
tudo outra vez… Passamos oito meses em Jaú nos preparativos para o transplante.
Nossa vida se resumiu ao hospital. Ficamos muito estressados, mas conseguimos
superar mais uma etapa. O atendimento humanizado do Amaral Carvalho foi
fundamental para suportarmos todas as dificuldades que passamos”, avaliou
Nadjane.
Agora, 20 meses após o transplante, Pedro Henrique vai poder,
finalmente, encontrar-se com o homem que salvou sua vida. “Ele está curioso. Já
lhe explicamos tudo e, embora seja uma criança, temos a certeza de que em seu
coraçãozinho já há muita gratidão”, disse a mãe, com os olhos cheios de
lágrimas.
Outros mineiros
O Hospital Amaral Carvalho recebe pacientes de todos os Estados do
Brasil para transplante de medula óssea e tratamento contra cânceres. Em 2015,
foram realizados mais de 3,2 mil atendimentos a pacientes só de Minas Gerais,
para os quais foram feitos aproximadamente 18 mil procedimentos oncológicos.
Autor: Juliana Parra
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