sexta-feira, 8 de julho de 2016

Criança de 5 anos conhece doador de medula óssea




Está marcado para amanhã (7), em Pouso Alegre, sul de Minas Gerais, o encontro entre o mineirinho Pedro Henrique Melo, 5 anos, e o doador da medula óssea que salvou a vida desse garotinho, diagnosticado com câncer aos dois anos de idade.

O transplante foi realizado em novembro de 2014 em Jaú, no Hospital Amaral Carvalho (HAC), referência no Brasil em Transplante de Medula Óssea (TMO). Desde então, doador e receptor desejam se conhecer, mas, por lei, a revelação da identidade de ambos só pode ser feita pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), 18 meses após o transplante, com o consentimento das partes. Todo o processo é documentado, e é levado em consideração o estado de saúde do receptor.

O doador é Franknildo Medeiros, 31 anos. Ele vive em Natal, no Rio Grande do Norte, e viajará mais de 2.700 quilômetros para, finalmente, encontrar a criança que recebeu sua medula. “Estou mais ansioso do que no próprio dia da doação”, confessou, por telefone.

Cadastrado há cerca de 10 anos no Redome, Frank já não esperava mais ser chamado para fazer a doação. “Eu e minha esposa, Giovania, fizemos o cadastro durante uma campanha realizada aqui na cidade. Já faz tanto tempo… eu nem me lembrava mais. Foi uma surpresa”.

Segundo ele, o sentimento de um doador efetivo é quase indescritível. “Fiquei muito, muito feliz, mais ainda por saber que o procedimento foi um sucesso e que pude dar uma nova chance de vida a uma criança. A sensação é muito boa”, declarou.

Festa

Os pais de Pedro Henrique, Nadjane Lima, 44 anos, e Luís Flavio Melo, 53 anos, com a ajuda do irmão mais velho, João, 17 anos, já iniciaram os preparativos para receber o doador em casa. “Vamos realizar uma grande festa para celebrar a vida e agradecê-lo por essa atitude tão nobre, que não há preço que pague”, disse a mãe.

Frank, Giovania e o filho, João Guilherme, que tem a mesma idade de Pedro Henrique, desembarcam em São Paulo. Lá será o primeiro encontro entre as famílias. Do aeroporto seguem para Pouso Alegre, onde passarão uma semana. “Toda nossa família e nossos amigos querem conhecer o doador. Quando descobrimos a doença do Pedro, fizemos uma grande corrente de oração. Foi uma torcida enorme para encontrar um doador compatível. Agora, todos querem agradecê-lo e abraçá-lo”, falou Nadjane.

Leucemia

Luís Flavio contou, aliviado, o drama vivido pela família nos últimos anos. “Em 2013, começaram a aparecer os primeiros sintomas da doença. Achávamos que era uma gripe. Ele só apresentava coriza e umas manchinhas nas pernas, como se fossem uma alergia. Um mês depois, estávamos diante de uma notícia terrível: descobrimos que ele estava com leucemia e seu estágio era muito avançado, com 96% do sangue comprometido”, lembrou o pai, emocionado.
“O mundo desabou sobre nossas cabeças. Não dá para explicar a sensação”, completou.

Pedro iniciou o tratamento quimioterápico em outro hospital do interior de São Paulo. “Foram meses de quimioterapia. Ele ficou tão debilitado, magro e pálido, que achamos que não fosse mais voltar”, confessou Luís Flavio.

O pequeno guerreiro, porém, conseguiu vencer a primeira batalha. Para a família, foi um milagre!

TMO

Embora livre da doença, Pedro corria um grande risco do câncer recidivar. Foi, então, que os pais do menino decidiram pelo transplante de medula óssea, e o local indicado foi o Hospital Amaral Carvalho, o centro que mais faz o procedimento no Brasil. O serviço de TMO do hospital completa 20 anos de atividades em agosto. Foram mais de 2.600 transplantes já realizados em duas décadas.

“Começava tudo outra vez… Passamos oito meses em Jaú nos preparativos para o transplante. Nossa vida se resumiu ao hospital. Ficamos muito estressados, mas conseguimos superar mais uma etapa. O atendimento humanizado do Amaral Carvalho foi fundamental para suportarmos todas as dificuldades que passamos”, avaliou Nadjane.

Agora, 20 meses após o transplante, Pedro Henrique vai poder, finalmente, encontrar-se com o homem que salvou sua vida. “Ele está curioso. Já lhe explicamos tudo e, embora seja uma criança, temos a certeza de que em seu coraçãozinho já há muita gratidão”, disse a mãe, com os olhos cheios de lágrimas.

Outros mineiros

O Hospital Amaral Carvalho recebe pacientes de todos os Estados do Brasil para transplante de medula óssea e tratamento contra cânceres. Em 2015, foram realizados mais de 3,2 mil atendimentos a pacientes só de Minas Gerais, para os quais foram feitos aproximadamente 18 mil procedimentos oncológicos.

Autor: Juliana Parra
Imprensa: Departamento de Comunicação e Marketing do HAC
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