“Essa casa é fruto do
trabalho da comunidade de Muzambinho. Aqui não tem dinheiro público. Cada
tijolo, cada prego, cada parafuso tem a mão de um muzambinhense”, destacou
Silene Silvia Cerávolo Campedelli, vice-presidente da Associação dos
Voluntários Muzambinhenses de Combate ao Câncer (AVMCC), durante a inauguração
da sede própria da casa de apoio em Jaú, na manhã do último sábado. A estrutura
acolhe muzambinhenses com câncer em tratamento ambulatorial no Hospital Amaral Carvalho
(HAC).
A solenidade, marcada pela
presença maciça de voluntários que vieram em caravana de Muzambinho, teve ainda
outros discursos emocionantes. Todas as pessoas que se manifestaram lembraram
com gratidão do jornalista Milton Neves, voluntário ativo da casa de apoio, que
não pôde estar presente devido a compromissos profissionais.
“Era 2005. Me lembro que
estava em Muzambinho, cidade de origem de minha esposa, Maria Deolinda, quando
encontrei Milton Neves. Sentamos em um banco da praça e relatei a ele que
estava acolhendo em minha própria casa em Jaú pacientes com câncer que saíam de
Muzambinho para tratamento no Amaral Carvalho. Expliquei que aquilo havia
tomado uma proporção insustentável. Ele, prontamente, disse: 'Quero que
encontre um imóvel adequado em Jaú para receber todos os muzambinhenses. Estou
com você'. E a partir de então Milton Neves assumiu o compromisso de pagar o
aluguel da casa que hoje está sendo substituída por essa”, lembrou Antonio
Carlos Pestilli Fonseca, de quem partiu a ideia de fundar em Jaú a primeira
estrutura de apoio aos pacientes vindos de Muzambinho. Ele e Maria Deolinda
administraram a casa até 2011, quando foi fundada a AVMCC, que abraçou o
projeto.
Papel
humano
A diretoria do HAC também
foi prestigiar o evento. O superintendente do hospital, Antonio Luís Cesarino
de Moraes Navarro, parabenizou todas as pessoas envolvidas no projeto e
destacou a importância do trabalho voluntário. “Essa experiência que estamos
vivendo hoje nos traz a certeza da importância do trabalho voluntário, do
trabalho social, do apoio aos pacientes e suas famílias. O HAC faz o seu papel
técnico e médico necessários, mas cumpre também seu papel humano. É a missão do
hospital há muitos anos e queria dizer que continuaremos fazendo isso,
aprimorando mais a nossa alma para que possamos atender cada vez melhor. Nós,
sinceramente, aprendemos muito com isso que estamos vendo aqui. E temos que
refletir ainda mais sobre a importância desse trabalho para que continuemos no
caminho certo daquilo que Deus espera de nós”, ressaltou.
Pacientes de Muzambinho
presentes no evento expressaram sua gratidão aos voluntários da associação e ao
HAC: “Fui diagnosticada com câncer em 2003. Vinha para o tratamento em Jaú e
ficava hospedada na casa de apoio. Foi uma bênção. Não há o que pague o
conforto da casa e o carinho das pessoas. Minha irmã também fez tratamento
aqui. Ela, infelizmente, faleceu há um ano, mas enquanto esteve entre nós foi
muito bem cuidada e recebeu muito apoio dos voluntários. Só tenho a agradecer.
Aqui é nossa segunda casa, nossa segunda família”, afirmou Célia de Almeida da
Silveira.
Isis Vilhena Giacchetta
também deu seu depoimento: “Tive câncer há cinco anos. O HAC me acolheu como se
Jesus me carregasse no colo. Meu sentimento é de gratidão. Eu era voluntária,
mas me afastei para fazer o tratamento. Agora estou curada. Voltei à vida.
Estou renascendo e preciso voltar a ajudar outras pessoas. É por isso que estou
aqui”, falou.
Silene Campedelli não deixou
de manifestar o carinho do povo de Muzambinho por Eduardo Nadalet, coordenador
das Ligas de Combate ao Câncer da Fundação Amaral Carvalho. “Nadalet tem o dom
de juntar pessoas. E foi assim que ele criou a liga de Muzambinho. Somos
eternamente gratos a ele”.
Ao encerrar seu discurso, a
vice-presidente da AVMCC foi aplaudida e presenteada com flores. “Queria
concluir dizendo que nós, voluntários, somos muito gratos ao Hospital Amaral
Carvalho. Devido ao trabalho sério que a instituição realiza conquistamos toda
essa credibilidade. Existe uma passagem do evangelho com a qual faço uma
analogia ao HAC: 'Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me
destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes;
adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me'. O Hospital Amaral
Carvalho faz exatamente isso com seus pacientes. Só temos a dizer obrigado”, disse
emocionada.
A Casa
de Apoio
A casa, batizada Anadéa 2
- em referência à primeira coordenadora da AVMCC, que faleceu de câncer,
foi construída a 400 metros do hospital. As obras foram iniciadas há dois anos
. O imóvel possui oito apartamentos, todos com banheiro privativo, dois quartos
coletivos e áreas comuns, como cozinha, sala e lavanderia.
Com investimento em torno de
R$ 930 mil, somando o valor do terreno e da obra, a casa abrigará
confortavelmente pelo menos 40 pessoas, entre pacientes e acompanhantes.
Muzambinho tem hoje mais de
300 pacientes no Hospital Amaral Carvalho, que contam com a casa de apoio
durante o tratamento ambulatorial.
Inauguração da casa de apoio para os muzambinhenses em tratamento
de câncer no Hospital Amaral Carvalho
Antonio Carlos e sua esposa, Maria Deolinda
Antonio Navarro e os voluntários da AVMCC
Autor: Juliana Parra
Imprensa:
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