sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Voluntários inauguram casa própria em Jaú para pacientes oncológicos de Muzambinho




“Essa casa é fruto do trabalho da comunidade de Muzambinho. Aqui não tem dinheiro público. Cada tijolo, cada prego, cada parafuso tem a mão de um muzambinhense”, destacou Silene Silvia Cerávolo Campedelli, vice-presidente da Associação dos Voluntários Muzambinhenses de Combate ao Câncer (AVMCC), durante a inauguração da sede própria da casa de apoio em Jaú, na manhã do último sábado. A estrutura acolhe muzambinhenses com câncer em tratamento ambulatorial no Hospital Amaral Carvalho (HAC).

A solenidade, marcada pela presença maciça de voluntários que vieram em caravana de Muzambinho, teve ainda outros discursos emocionantes. Todas as pessoas que se manifestaram lembraram com gratidão do jornalista Milton Neves, voluntário ativo da casa de apoio, que não pôde estar presente devido a compromissos profissionais.

“Era 2005. Me lembro que estava em Muzambinho, cidade de origem de minha esposa, Maria Deolinda, quando encontrei Milton Neves. Sentamos em um banco da praça e relatei a ele que estava acolhendo em minha própria casa em Jaú pacientes com câncer que saíam de Muzambinho para tratamento no Amaral Carvalho. Expliquei que aquilo havia tomado uma proporção insustentável. Ele, prontamente, disse: 'Quero que encontre um imóvel adequado em Jaú para receber todos os muzambinhenses. Estou com você'. E a partir de então Milton Neves assumiu o compromisso de pagar o aluguel da casa que hoje está sendo substituída por essa”, lembrou Antonio Carlos Pestilli Fonseca, de quem partiu a ideia de fundar em Jaú a primeira estrutura de apoio aos pacientes vindos de Muzambinho. Ele e Maria Deolinda administraram a casa até 2011, quando foi fundada a AVMCC, que abraçou o projeto.

Papel humano

A diretoria do HAC também foi prestigiar o evento. O superintendente do hospital, Antonio Luís Cesarino de Moraes Navarro, parabenizou todas as pessoas envolvidas no projeto e destacou a importância do trabalho voluntário. “Essa experiência que estamos vivendo hoje nos traz a certeza da importância do trabalho voluntário, do trabalho social, do apoio aos pacientes e suas famílias. O HAC faz o seu papel técnico e médico necessários, mas cumpre também seu papel humano. É a missão do hospital há muitos anos e queria dizer que continuaremos fazendo isso, aprimorando mais a nossa alma para que possamos atender cada vez melhor. Nós, sinceramente, aprendemos muito com isso que estamos vendo aqui. E temos que refletir ainda mais sobre a importância desse trabalho para que continuemos no caminho certo daquilo que Deus espera de nós”, ressaltou.

Pacientes de Muzambinho presentes no evento expressaram sua gratidão aos voluntários da associação e ao HAC: “Fui diagnosticada com câncer em 2003. Vinha para o tratamento em Jaú e ficava hospedada na casa de apoio. Foi uma bênção. Não há o que pague o conforto da casa e o carinho das pessoas. Minha irmã também fez tratamento aqui. Ela, infelizmente, faleceu há um ano, mas enquanto esteve entre nós foi muito bem cuidada e recebeu muito apoio dos voluntários. Só tenho a agradecer. Aqui é nossa segunda casa, nossa segunda família”, afirmou Célia de Almeida da Silveira.

Isis Vilhena Giacchetta também deu seu depoimento: “Tive câncer há cinco anos. O HAC me acolheu como se Jesus me carregasse no colo. Meu sentimento é de gratidão. Eu era voluntária, mas me afastei para fazer o tratamento. Agora estou curada. Voltei à vida. Estou renascendo e preciso voltar a ajudar outras pessoas. É por isso que estou aqui”, falou.

Silene Campedelli não deixou de manifestar o carinho do povo de Muzambinho por Eduardo Nadalet, coordenador das Ligas de Combate ao Câncer da Fundação Amaral Carvalho. “Nadalet tem o dom de juntar pessoas. E foi assim que ele criou a liga de Muzambinho. Somos eternamente gratos a ele”.

Ao encerrar seu discurso, a vice-presidente da AVMCC foi aplaudida e presenteada com flores.  “Queria concluir dizendo que nós, voluntários, somos muito gratos ao Hospital Amaral Carvalho. Devido ao trabalho sério que a instituição realiza conquistamos toda essa credibilidade. Existe uma passagem do evangelho com a qual faço uma analogia ao HAC: 'Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me'. O Hospital Amaral Carvalho faz exatamente isso com seus pacientes. Só temos a dizer obrigado”, disse emocionada.

A Casa de Apoio

A casa, batizada Anadéa 2 -  em referência à primeira coordenadora da AVMCC, que faleceu de câncer, foi construída a 400 metros do hospital. As obras foram iniciadas há dois anos . O imóvel possui oito apartamentos, todos com banheiro privativo, dois quartos coletivos e áreas comuns, como cozinha, sala e lavanderia.

Com investimento em torno de R$ 930 mil, somando o valor do terreno e da obra, a casa abrigará confortavelmente pelo menos 40 pessoas, entre pacientes e acompanhantes.

Muzambinho tem hoje mais de 300 pacientes no Hospital Amaral Carvalho, que contam com a casa de apoio durante o tratamento ambulatorial.

Inauguração da casa de apoio para os muzambinhenses em tratamento de câncer no Hospital Amaral Carvalho

Antonio Carlos e sua esposa, Maria Deolinda

Antonio Navarro e os voluntários da AVMCC

Autor: Juliana Parra
Imprensa: Departamento de Comunicação e Marketing do HAC
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