quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Catarinense realiza transplante de medula no HAC




O manobrista catarinense Marcélio Luiz da Costa, 50, desempregado, recebeu uma notícia terrível, em fevereiro de 2015, que poderia acabar com sua vida. Abatido, com a pele amarelada, sem ânimo para buscar novo emprego, Marcélio pensava que o pior era a falta de trabalho. Porém, o diagnóstico para a mudança de seu comportamento e mal estar, feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), apontara uma realidade ainda mais preocupante: estava com leucemia.

“A sensação quando recebi a notícia é como se um buraco enorme tivesse aberto debaixo dos meus pés. Aí, fiquei sem chão e comecei a pensar em tudo o que já vivi.

Vai passando um filme em nossa cabeça”, lembrou Marcélio.

De lá para cá, Marcélio cumpriu uma maratona bem conhecida para os pacientes acometidos pelo câncer. Foram 35 sessões de quimioterapia e transfusões de sangue durante nove meses, tratamento iniciado no Hospital Universitário de Florianópolis.

“A médica que cuidou do meu caso disse que a leucemia precisava ser estabilizada para tentarmos um transplante de medula. E aí começamos a procurar um doador na família.

Por sorte, exames mostraram que meu irmão caçula era 100% compatível”, conta o catarinense.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Médula Óssea e coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Amaral Carvalho (HAC), Dr. Vergílio Antonio Rensi Colturato, a chance de compatibilidade na família, dependendo do número de irmãos, é em média 35%.

Encaminhado ao HAC, Marcélio da Costa passou pelo transplante no dia 4 de janeiro e agora se recupera no hospital com a expectativa de que a medula “pegue”. Conforme Colturato diagnostica, no caso de Marcélio, a probabilidade de êxito é 99%.

O transplante foi financiado pelo SUS. O Hospital Amaral Carvalho mantém casas de apoio em Jaú, no interior de São Paulo, para receber pacientes que residem em cidades distantes do hospital e sem condições de arcar com custos de hospedagem, alimentação e transporte durante o tratamento. Mais de 20 mil diárias são oferecidas gratuitamente pelo hospital, por ano, sem custos para o SUS.

“Não desembolsei um centavo para nascer de novo. O tratamento que estou recebendo é de primeiro mundo. Se não fosse o Hospital Amaral Carvalho e sua a equipe maravilhosa, além, é claro, de Deus, talvez eu não estivesse mais aqui”, diz Marcélio, pronto para curtir a família e seus cinco netos.

Ele destaca que a doença foi importante para mudar radicalmente seus hábitos e seu modo de pensar. “Antes da leucemia, não me preocupava com nada, não fazia um check-up, era sedentário, ia sempre para a noitada, bebia, só pensava em churrasco.

Depois que acendeu o sinal vermelho, tudo mudou. Hoje meu conceito de vida é completamente diferente. Tenho uma alimentação saudável, ouço boas músicas, vejo bons filmes e aproveito melhor a companhia de amigos e familiares”, afirma Marcélio.

Outros catarinenses

Com aproximadamente 300 leitos e 40 especialidades médicas, o hospital atende cerca de 75 mil pacientes por ano, para os quais realiza mais de 1 milhão de procedimentos, incluindo radioterapia e quimioterapia. 95% da sua capacidade é disponibilizada a pacientes do SUS.

A Unidade de TMO do Amaral Carvalho realiza em média 18 transplantes por mês. A previsão é que até o fim de 2016 os procedimentos alcancem 20 por mês. Desde sua criação, o serviço já atendeu pacientes de todos os estados brasileiros, em todos os níveis de complexidade. Dos cerca de 200 transplantes feitos por ano, 30% são na área de pediatria. Em 2014, o HAC prestou 1.329 atendimentos a pacientes de Santa Catarina, resultando em 14.631 procedimentos oncológicos. De janeiro até novembro de 2015 - quando foram lançados os últimos dados no sistema-, foram 1.252 atendimentos e  16.357 procedimentos realizados.

O Dr. Vergílio Colturato informa que o Hospital Amaral Carvalho responde por 15% do total de transplantes realizados no país. Em 2015, o HAC foi homenageado pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), por ser o centro oncológico de referência que mais realizou transplantes no país.

Imprensa: Departamento de Comunicação e Marketing do HAC
Rua das Palmeiras, 89 - Jahu (SP) - Tel.: (14) 3602-1216 / 98138-7006
Doações por telefone: (14) 3602-1239
Ouvidoria: (14) 3602-1388 -  ouvidoria@amaralcarvalho.org.br
@amaral_carvalho - fb.com/fundacaohospitalamaralcarvalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário