Como alguém com
câncer pode estar feliz? Até que ponto a doença pode transformar a vida de uma
pessoa para melhor?
Com essas
dúvidas “embarquei” na entrevista com a jauense Fernanda Ometto Pellizzari, 33
anos, sobrevivente de uma leucemia.
Aos 19 anos de idade, vivendo momentos de
incerteza e insatisfação nos estudos e na relação amorosa, Fernanda descobriu o
câncer. “Tudo aconteceu em 2003. Foi um ano bem difícil, mas decisivo em minha
vida. Me lembro que os sintomas começaram no período da Páscoa e dois meses
depois recebi o diagnóstico”, recorda.
O tratamento foi
realizado no Hospital
Amaral Carvalho, referência nacional em tratamento de cânceres.
“Fui muito bem atendida durante todo o tempo que estive lá, mas foi primordial
o apoio da minha família, principalmente da minha mãe. Ela não saiu do meu
lado, fez com que eu comprimisse todos os protocolos do tratamento. Fez tudo
por mim, na verdade. A presença de familiares durante o processo faz toda a
diferença”, ressalta.
Veio a calvície,
que, na maioria dos casos, é um fator que influencia muito na autoestima de
pacientes, principalmente as mulheres, depois, outras complicações, mas
Fernanda deu a volta por cima. “Quando a gente se olha no espelho e se vê
inchada, em decorrência das medicações, e sem cabelos, cílios e sobrancelhas dá
um baque, mas é superável. A gente vê outras pessoas na mesma situação e
percebe que isso vai perdendo a importância. Além do mais, acaba descobrindo
outras maneiras de ficar bonita”.
Para Fernanda, o
câncer foi um divisor de águas em sua vida. “Só quando fiquei doente é que
percebi o quanto tinha me afastado das minhas melhores amigas e o quanto estava
infeliz, mas não tinha forças para mudar. Quando recebi o diagnóstico, tranquei
a matrícula da faculdade, terminei um relacionamento que já estava abalado,
reencontrei minhas amigas e voltei a ficar mais perto da minha família. Em seis
meses, abandonei tudo aquilo que não me fazia feliz e mudei minha vida... para
muito melhor. O câncer me deu tudo o que eu tenho hoje”, afirma.
Fernanda é
médica, aliás, acaba de se especializar em dermatologia; encontrou seu grande
amor, André Pellizzari, também médico, com quem está casada há quatro anos; e
traz consigo uma grande experiência que deu a ela coragem e sabedoria para
enfrentar outro câncer na família: a mãe, dois anos depois, foi diagnosticada
com câncer de mama. “Queria que tivesse acontecido comigo de novo. Tive medo de
perder minha mãe, mas ela se inspirou na minha força e conseguiu superar a
doença. Hoje está curada também. Somos duas vencedoras”, comemora.
Referente à imagem 01: Fernanda, a mãe, Roslene, e
as irmãs Nicole e Aline
Referente à imagem 02: Reaproximação das amigas
após o câncer
Referente à imagem 03: Na formatura de medicina com
os médicos do HAC, Lenira e Marcos Mauad
Referente à imagem 04: Fernanda e mãe, que também
enfrentou a doença
Autor: Juliana Parra / Fotos: arquivo pessoal
Imprensa:
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