Seis voluntários do Hemonúcleo Regional de Jaú
receberam na noite de ontem o prêmio “Doador de Sangue do Ano”, criado pela
Câmara Municipal, em homenagem ao Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue.
A sessão solene, marcada por discursos emocionantes, faz parte das comemorações
dos 100 anos do Hospital
Camaral Carvalho.
A homenagem aos doadores
de sangue foi uma iniciativa do vereador Wagner Brasil, por meio da lei
5.027/2015, que institui o prêmio a ser conferido anualmente pela Câmara a
voluntários indicados pelo hemonúcleo. A unidade é responsável pela coleta e
doação de sangue a 11 hospitais de 9 municípios da região, que compreende cerca
de 350 mil pessoas.
Foram homenageados Lara
Derradi de Oliveira e Luís Otávio Toschi, os mais jovens voluntários do
hemonúcleo, Dojanir José Torchetto, Mário Dorcídio Padula, Cacilda Nabas Mateus
e Sueli Letízio, doadores há mais de 40 anos.
O cerimonial, exibido ao
vivo pela TV Câmara, teve início com o discurso do médico Marcos Augusto Mauad,
responsável pelo Hemonúcleo de Jaú. Ele agradeceu aos homenageados, que
representam todos os doadores de sangue da unidade, parabenizou a equipe do
hemonúcleo presente no evento e disse estar orgulhoso com o número de
voluntários que cumprem esse exercício da cidadania. “No Brasil, a porcentagem
de doadores de sangue fica em torno de 1,7%; nos países europeus, 5%, e em Jaú
temos cerca de 6% da população doando sangue. É um número muito expressivo em
comparação com o de países que têm essa cultura. Então, nada mais justo do que
homenagear esses voluntários. Essa homenagem, celebrada hoje (25), Dia Nacional
do Doador Voluntário de Sangue, integra as comemorações dos 100 anos do Amaral
Carvalho”.
Segundo Mauad, com a
criação do hemonúcleo, as doações aumentaram muito e a qualidade dos
hemoderivados produzidos atingiu nível de excelência. O médico atribuiu todo
esse sucesso ao trabalho dos colaboradores do hemonúcleo e do Amaral Carvalho,
mas, especialmente, à iniciativa dos doadores. “Sem os doadores nada disso
aconteceria”, completou.
Emocionada, a médica
Claudia Teresa de Oliveira, da ala pediátrica do Amaral Carvalho, também fez
uso da tribuna para falar da importância dos doadores para as crianças em
tratamento no hospital. “Em nome de todas essas crianças, agradeço muito a
vocês (doadores) por doar amor e vida”.
O promotor de Justiça Luís
Fernando Rossetto, que entregou medalha à jovem Lara Derradi de Oliveira (17),
comoveu todas as pessoas presentes no plenário da Câmara com seu discurso
dedicado aos voluntários. “Depois de passar um dia muito difícil, visitando
delegacias e entrando em contato com notícias ruins, me sinto agora muito feliz
e honrado em participar dessa homenagem, que é uma excelente maneira de
propagar o bem”, disse emocionado. Rossetto é casado e tem dois filhos. Toda a
família é doadora de sangue.
A secretária de Educação
de Jaú, Daltira Maria Piragine Tumolo, fez a entrega da medalha a Luís Otávio
Toschi (16), elogiando sua conduta, que serve como exemplo para outros jovens.
Representando o
superintendente do Amaral Carvalho, Antonio Luís Cesarino de Moraes Navarro, o
diretor Vitório Munerato Neto ressaltou a importância do prêmio “Doador de
Sangue do Ano” pela Câmara, que surge com a missão de estar sempre lembrando,
homenageando e incentivando a doação de sangue. Ele entregou a medalha a
Dojanir José Torchetto (68 anos), o doador que está há mais tempo no
hemonúcleo.
Maria Isabel Gonçalves
Teixeira Galvão, assistente social do ambulatório de Transplante de Medula
Óssea da instituição, homenageou Mário Dorcídio Padula (68). Ela contou
histórias interessantes que acompanhou ao longo dos anos de trabalho no Amaral
Carvalho e falou da gratidão dos pacientes que vêm de muito longe para
tratamento no hospital.
Meyre Regina Barro Canal,
mãe de Vanessa, a primeira a realizar transplante de medula óssea com
células-tronco de cordão umbilical proveniente de banco brasileiro, subiu à
tribuna muito emocionada para prestar homenagem à doadora Cacilda Nabas Mateus
(69), assim como o médico psiquiatra André Gustavo de Jesus Pellizzari, marido
da jauense Fernanda Ometto, que foi paciente do hospital. Em nome da esposa,
ele elogiou a atitude dos doadores voluntários e os agradeceu pela vida dela.
Pellizzari entregou a medalha de honra ao mérito a Sueli Letízio (68).
O vereador Wagner Brasil
também fez uso da tribuna para parabenizar os voluntários e falar que seu
projeto serviu de exemplo para outros dois municípios do Estado de São Paulo,
que criaram leis para premiar doadores de sangue. “Fico muito contente que
outros colegas vereadores se tenham se espelhado em meu projeto para prestar
homenagens a outros voluntários. Espero que essa iniciativa continue se
propagando”.
A solenidade foi encerrada
pela vereadora Cléo Furquim, presidente da Câmara. Ela elogiou a iniciativa do
colega Wagner Brasil, destacou a importância para o País do Hospital Amaral
Carvalho, que chega aos 100 anos, e prestou sua homenagem aos doadores
voluntários. “Parabéns a vocês que doam sangue, doam amor ao próximo e doam
vida”, concluiu.
Sobre o Hemonúcleo Regional de Jaú
O Hemonúcleo Regional de
Jaú está integrado ao Programa Nacional de Sangue e Hemoderivados do Ministério
da Saúde e ao Programa de Transplante de Medula Óssea, atendendo
aproximadamente a 350 mil habitantes distribuídos em nove municípios e 11
hospitais, entre eles o Hospital Amaral Carvalho, referência em tratamento
oncológico e na realização de transplantes de medula óssea. Para abastecer o
estoque de sangue, a unidade, além da coleta de sangue em seu posto fixo, no
HAC, realiza campanhas externas de coleta em escolas, clubes de serviço,
empresas ou entidades. Desde 2014, a unidade passou a utilizar um micro-ônibus
para realizar essa atividade.
Com adequada estrutura
física, recursos humanos especializados e utilização de insumos e reagentes de
primeira linha, o hemonúcleo garante a qualidade dos hemoderivados produzidos e
a segurança transfusional da população, mas o mais importante em todo esse processo
é a existência do doador de sangue.
Confira mais fotos: http://migre.me/seE8P
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