sábado, 8 de junho de 2013

Centro de Desenvolvimento de Novas Terapias oferece PDT a pacientes do SUS




Centro de Desenvolvimento de
Novas Terapias oferece
PDT a pacientes do SUS


Fundação Hospital Amaral Carvalho inaugura local no próximo dia 13

 
Terapia Fotodinâmica, popularmente conhecida como PDT, sigla do inglês Photodynamic Therapy: esse é o nome do mais novo aliado do tratamento de alguns tipos de câncer de pele, disponível no Hospital Amaral Carvalho (HAC) — referência nacional em tratamento oncológico — para pacientes em tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

O procedimento pode ser realizado no Centro de Desenvolvimento de Novas Terapias do HAC, em Jahu/SP, criado em parceria com a Universidade do Estado de São Paulo (USP) e com o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). 

A inauguração oficial do local ocorre no dia 13 de junho, e contará com a presença da equipe médica e de enfermagem do Centro, membros da Fundação Hospital Amaral Carvalho, da USP e do BNDES, além de convidados.

A terapia fotodinâmica tópica

Com surgimento nos Estados Unidos na década de 70, a Terapia Fotodinâmica Tópica foi implantada no Brasil por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cepof) do Instituto de Física da USP de São Carlos. Em anos de estudos e parceria com profissionais do Hospital Amaral Carvalho, a equipe coordenada pelo professor Vanderlei Salvador Bagnato desenvolveu equipamentos como o Lince, para tratamento de lesões malignas, e o Kerato PDT, para tratamento de lesões pré-malignas e de áreas de cancerização.

Lince

O aparelho de baixo custo é um dos equipamentos disponíveis no Centro de Desenvolvimento de Novas Terapias do HAC. Portátil, contém ponteira para o fotodiagnóstico e o tratamento em si (terapia fotodinâmica tópica), que é minimamente invasivo: uma medicação em creme fotosensibilizante (Ácido Amino Levulínico) é aplicada sobre a lesão. O contato da droga com a luz do equipamento provoca a eliminação das células doentes (veja quadro)

Nos anos 60, com o tratamento fotodinâmico sistêmico, a medicação era administrada por meio de injeções intravenosas e o paciente tinha que ficar por uma semana longe da luz solar e doméstica, para que não sofresse queimaduras na pele e nos olhos. Atualmente, a recuperação do tratamento Terapêutico de Fotodinâmica Tópico dura de sete a dez dias — tempo necessário para que a vermelhidão e inchaço desapareçam. Contudo, o paciente só precisa proteger a área tratada por 48 horas após a aplicação do ácido.

De acordo com a dermatologista do HAC, Ana Gabriela Salvio, cabe ao médico decidir qual o melhor tratamento para cada paciente. “À medida que o médico diagnostica determinado tipo de lesão de pele passível da Terapia Fotodinâmica Tópica, o paciente é imediatamente tratado, o que demonstra a agilidade na abordagem e consequentemente, a diminuição do número de vindas do paciente ao hospital”, diz.

A profissional também ressalta que o tratamento é indicado para alguns tipos de câncer de pele, sempre em estado inicial.

Serviços

No Centro de Desenvolvimento de Novas Terapias, além do PDT, são oferecidos tratamentos com outros equipamentos que envolvem luz, além de equipamentos para diagnóstico de lesões de pele que podem ser precursoras de câncer. Segundo a dermatologista, o grupo do departamento de pele do HAC tem mais de cinco anos de experiência na realização do PDT e mais de 20 anos de atendimento a pacientes com diferentes tipos de câncer de pele.

Ariane Urbanetto
Departamento de Comunicação - Fundação Hospital Amaral Carvalho
Rua das Palmeiras, 89 - Jahu (SP).
Tel.: (14) 3602-1216 / 8138-7006

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