Centro
de Desenvolvimento de
Novas
Terapias oferece
PDT a
pacientes do SUS
Fundação
Hospital Amaral Carvalho inaugura local no próximo dia 13
Terapia Fotodinâmica, popularmente conhecida como PDT, sigla do inglês Photodynamic Therapy: esse é o nome do mais novo aliado do tratamento de alguns tipos de câncer de pele, disponível no Hospital Amaral Carvalho (HAC) — referência nacional em tratamento oncológico — para pacientes em tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O procedimento pode ser realizado no Centro de
Desenvolvimento de Novas Terapias do HAC, em Jahu/SP, criado em parceria com a
Universidade do Estado de São Paulo (USP) e com o apoio do Banco Nacional do
Desenvolvimento (BNDES) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp).
A inauguração oficial do local ocorre no dia 13 de
junho, e contará com a presença da equipe médica e de enfermagem do Centro, membros
da Fundação Hospital Amaral Carvalho, da USP e do BNDES, além de convidados.
A terapia fotodinâmica
tópica
Com surgimento nos Estados Unidos na década de 70,
a Terapia Fotodinâmica Tópica foi implantada no Brasil por pesquisadores do
Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cepof) do Instituto de Física da USP
de São Carlos. Em anos de estudos e parceria com profissionais do Hospital
Amaral Carvalho, a equipe coordenada pelo professor Vanderlei Salvador Bagnato
desenvolveu equipamentos como o Lince, para tratamento de lesões malignas, e o
Kerato PDT, para tratamento de lesões pré-malignas e de áreas de cancerização.
Lince
O aparelho de baixo custo é um dos equipamentos
disponíveis no Centro de Desenvolvimento de Novas Terapias do HAC. Portátil,
contém ponteira para o fotodiagnóstico e o tratamento em si (terapia
fotodinâmica tópica), que é minimamente invasivo: uma medicação em creme
fotosensibilizante (Ácido Amino Levulínico) é aplicada sobre a lesão. O contato
da droga com a luz do equipamento provoca a eliminação das células doentes (veja
quadro).
Nos anos 60, com o tratamento fotodinâmico
sistêmico, a medicação era administrada por meio de injeções intravenosas e o
paciente tinha que ficar por uma semana longe da luz solar e doméstica, para
que não sofresse queimaduras na pele e nos olhos. Atualmente, a recuperação do
tratamento Terapêutico de Fotodinâmica Tópico dura de sete a dez dias — tempo
necessário para que a vermelhidão e inchaço desapareçam. Contudo, o paciente só
precisa proteger a área tratada por 48 horas após a aplicação do ácido.
De acordo com a dermatologista do HAC, Ana Gabriela
Salvio, cabe ao médico decidir qual o melhor tratamento para cada paciente. “À
medida que o médico diagnostica determinado tipo de lesão de pele passível da
Terapia Fotodinâmica Tópica, o paciente é imediatamente tratado, o que
demonstra a agilidade na abordagem e consequentemente, a diminuição do número
de vindas do paciente ao hospital”, diz.
A profissional também ressalta que o tratamento é
indicado para alguns tipos de câncer de pele, sempre em estado inicial.
Serviços
No Centro de Desenvolvimento de Novas Terapias,
além do PDT, são oferecidos tratamentos com outros equipamentos que envolvem
luz, além de equipamentos para diagnóstico de lesões de pele que podem ser
precursoras de câncer. Segundo a dermatologista, o grupo do departamento de
pele do HAC tem mais de cinco anos de experiência na realização do PDT e mais
de 20 anos de atendimento a pacientes com diferentes tipos de câncer de pele.
Ariane Urbanetto
Departamento
de Comunicação - Fundação Hospital Amaral Carvalho
Rua
das Palmeiras, 89 - Jahu (SP).
Tel.: (14) 3602-1216 / 8138-7006
Tel.: (14) 3602-1216 / 8138-7006
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