segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Mês cor-de-rosa alerta para o câncer de mama



Outubro: ruas, lojas e edifícios do Brasil ganham decoração em tons de rosa para chamar a atenção da população para o câncer de mama, principal causa de morte pela doença em mulheres. Popularmente conhecido como Outubro Rosa, o movimento teve início em cidades dos Estados Unidos da América, em 1997, e espalhou-se pelo mundo. No entanto, de acordo com o mastologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC), João Ricardo Auler Paloschi, ainda falta muita informação à população sobre esse tipo de câncer.

O médico explica que a maioria das mulheres tem a visão de que o câncer de mama é uma sentença de morte. “Em outubro, campanhas divulgam a importância da detecção precoce da doença, quando as chances de cura chegam a 100%, mas, mesmo assim, este e outros mitos rondam o assunto.”

A doença

Em linhas gerais, o câncer é uma patologia que se caracteriza por células alteradas, que perdem o controle na sua multiplicação. "As células normais têm um ciclo de vida conhecido: nascem, se desenvolvem, desempenham suas funções determinadas, envelhecem e morrem. O câncer é a quebra desse ciclo", pontua o mastologista. Para facilitar a compreensão, pode-se imaginar que a célula alterada perde suas funções e se multiplica mais rapidamente, sem os devidos mecanismos de controle. Essa multiplicação pode acometer os órgãos vizinhos e suas funções também.

Estimativas apontam que neste ano, em todo o País, cerca de 53 mil novos casos devem ser diagnosticados. “Desses são estimadas aproximadamente 12 mil mortes. No entanto, a disseminação de informações sobre a doença pode mudar essa realidade”, comenta João Ricardo.

O diagnóstico precoce do câncer de mama permite um tratamento menos agressivo. O médico acredita que o foco das campanhas deve mudar em alguns aspectos. "É preciso mostrar os benefícios da detecção precoce. Hoje dispomos de diversos recursos com cirurgias minimamente invasivas e reconstruções mamárias utilizando-se de técnicas oncoplásticas, entre outros que são possíveis a pacientes com diagnósticos mais precoces. Ainda, tratamentos de quimio e radioterapia podem ser mais brandos ou mesmo desnecessários, dependendo da precocidade. Quando as mulheres se derem conta desses benefícios, talvez criem hábitos preventivos, não só em relação à saúde mamária", afirma.

Como prevenir ou colaborar com o diagnóstico precoce?

O sintoma mais comum do câncer de mama é o nódulo palpável que pode ser detectado por meio do autoexame das mamas (veja imagem). De acordo com o mastologista, esse procedimento deve ser realizado mensalmente, após o período menstrual.

As mulheres devem estar atentas também a alterações nas mamas como retração da pele ou do mamilo, inchaços, assimetria, avermelhamento da pele do local, secreção com sangue e gânglios que surgem nas axilas, crescem e não somem.

Fazer mamografia anual não basta, conforme explica o médico. “Nem sempre as imagens são suficientes para a visualização das lesões.” Por isso, as mulheres precisam prestar a atenção nos sinais. “Apresentar um dos sintomas não significa que a mulher tem câncer de mama. Existem inúmeras outras doenças de mama, simples de tratar e que podem apresentar os mesmos sinais. O importante é não se apavorar e sempre, ao notar um sinal diferente, procurar  um mastologista.”

A saúde merece cuidados, por isso, o médico orienta que não é preciso esperar por um sintoma para procurar um médico. “Muitas doenças só apresentam sintomas quando em estágio avançado, e pode ocorrer com o câncer de mama também. Portanto, a mulher deve realizar consultas anuais com o mastologista para a prevenção do câncer de mama, assim, o especialista pode realizar o exame físico e solicitar outros exames necessários, o que pode incluir mamografia, ultrassonografia mamária, ressonância nuclear magnética, entre outros.”
 
Ariane Urbanetto
Departamento de Comunicação - Fundação Hospital Amaral Carvalho
Rua das Palmeiras, 89 - Jahu (SP).
Tel.: (14) 3602-1216 / 98138-7006


Nenhum comentário:

Postar um comentário