Outubro: ruas, lojas e edifícios do Brasil ganham
decoração em tons de rosa para chamar a atenção da população para o câncer de
mama, principal causa de morte pela doença em mulheres. Popularmente conhecido
como Outubro Rosa, o movimento teve início em cidades dos Estados Unidos da
América, em 1997, e espalhou-se pelo mundo. No entanto, de acordo com o
mastologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC), João Ricardo Auler Paloschi,
ainda falta muita informação à população sobre esse tipo de câncer.
O médico explica que a maioria das mulheres tem a
visão de que o câncer de mama é uma sentença de morte. “Em outubro, campanhas
divulgam a importância da detecção precoce da doença, quando as chances de cura
chegam a 100%, mas, mesmo assim, este e outros mitos rondam o assunto.”
A doença
Em linhas gerais, o câncer é uma patologia que se
caracteriza por células alteradas, que perdem o controle na sua multiplicação.
"As células normais têm um ciclo de vida conhecido: nascem, se
desenvolvem, desempenham suas funções determinadas, envelhecem e morrem. O
câncer é a quebra desse ciclo", pontua o mastologista. Para facilitar a
compreensão, pode-se imaginar que a célula alterada perde suas funções e se
multiplica mais rapidamente, sem os devidos mecanismos de controle. Essa
multiplicação pode acometer os órgãos vizinhos e suas funções também.
Estimativas apontam que neste ano, em todo o País,
cerca de 53 mil novos casos devem ser diagnosticados. “Desses são estimadas
aproximadamente 12 mil mortes. No entanto, a disseminação de informações sobre
a doença pode mudar essa realidade”, comenta João Ricardo.
O diagnóstico precoce do câncer de mama permite um
tratamento menos agressivo. O médico acredita que o foco das campanhas deve
mudar em alguns aspectos. "É preciso mostrar os benefícios da detecção
precoce. Hoje dispomos de diversos recursos com cirurgias minimamente invasivas
e reconstruções mamárias utilizando-se de técnicas oncoplásticas, entre outros
que são possíveis a pacientes com diagnósticos mais precoces. Ainda,
tratamentos de quimio e radioterapia podem ser mais brandos ou mesmo
desnecessários, dependendo da precocidade. Quando as mulheres se derem conta
desses benefícios, talvez criem hábitos preventivos, não só em relação à saúde
mamária", afirma.
Como prevenir ou
colaborar com o diagnóstico precoce?
O sintoma mais comum do câncer de mama é o nódulo
palpável que pode ser detectado por meio do autoexame das mamas (veja
imagem). De acordo com o mastologista, esse procedimento deve ser realizado
mensalmente, após o período menstrual.
As mulheres devem estar atentas também a alterações
nas mamas como retração da pele ou do mamilo, inchaços, assimetria,
avermelhamento da pele do local, secreção com sangue e gânglios que surgem nas
axilas, crescem e não somem.
Fazer mamografia anual não basta, conforme explica
o médico. “Nem sempre as imagens são suficientes para a visualização das
lesões.” Por isso, as mulheres precisam prestar a atenção nos sinais.
“Apresentar um dos sintomas não significa que a mulher tem câncer de mama.
Existem inúmeras outras doenças de mama, simples de tratar e que podem
apresentar os mesmos sinais. O importante é não se apavorar e sempre, ao notar
um sinal diferente, procurar um mastologista.”
A saúde merece cuidados, por isso, o médico orienta
que não é preciso esperar por um sintoma para procurar um médico. “Muitas
doenças só apresentam sintomas quando em estágio avançado, e pode ocorrer com o
câncer de mama também. Portanto, a mulher deve realizar consultas anuais com o
mastologista para a prevenção do câncer de mama, assim, o especialista pode realizar
o exame físico e solicitar outros exames necessários, o que pode incluir
mamografia, ultrassonografia mamária, ressonância nuclear magnética, entre
outros.”
Ariane Urbanetto
Departamento de Comunicação - Fundação Hospital Amaral Carvalho
Departamento de Comunicação - Fundação Hospital Amaral Carvalho
Rua das Palmeiras, 89 - Jahu (SP).
Tel.: (14) 3602-1216 / 98138-7006
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