Esclarecer as dúvidas sobre a doação de órgãos e
tecidos e ressaltar a importância deste ato solidário. Para a Comissão
Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do
Hospital Amaral Carvalho (HAC), esses são os principais motivos pelo qual
comemora-se em 27 de setembro o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos.
De acordo com o médico Eduardo Pracucho,
coordenador da Cihdott, é necessário esclarecer dúvidas e chamar a atenção das
pessoas para a doação, ato que pode ajudar a salvar vidas e a data comemorativa
é uma boa oportunidade. “Algumas pessoas já ouviram falar da doação de órgãos ou
conhecem alguém que precisou de uma doação, no entanto, a maioria não sabe quem
pode doar, como é o processo, como é a fila de espera dos receptores de órgãos.
A falta de informação sobre o assunto é muito frequente.”
No Brasil
Pracucho explica que no ano de 2009 foram
registrados 9,9 doadores de órgãos por milhão de pessoas (pmp), índice que vem
aumentando gradativamente devido ao aperfeiçoamento dos processos de doação,
como a rapidez nas notificações por morte encefálica, cuidado intensivo dos doadores,
melhorias logísticas e o aumento dos recursos financeiros no Sistema Nacional
de Transplantes. “Em 2012, o registro foi de 13,6 doadores pmp. O objetivo do
Ministério da Saúde é chegar a 15 doadores pmp em 2015. Países
desenvolvidos, como Espanha e Canadá, mantêm médias acima de 20 doadores pmp”,
afirma.
No HAC
Além de ser referência em atendimento oncológico, o
Hospital Amaral Carvalho mantém os setores de captação e transplantes de órgãos
e tecidos. A Cihdott foi implantada em 2008 e, desde então, foram realizadas
mais de 100 captações de globo ocular em pacientes de câncer. “Em virtude do
perfil oncológico do HAC e a baixa taxa de diagnóstico por morte encefálica,
que é determinante para doação de órgãos de doadores falecidos (veja no Saiba
Mais), 100% das captações realizadas na instituição são de córneas”, relata
Pracucho.
A instituição é também referência nacional em transplantes de medula
óssea: em agosto, o serviço completou 17 anos de atuação e alcançou a marca de
2 mil procedimentos realizados.
SAIBA MAIS
Existem dois tipos de
doação de órgãos:
A doação em vida, que ocorre quando o indivíduo é
um cidadão juridicamente capaz, que, nos termos da lei, possa doar órgão ou
tecido sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Deve ter condições
adequadas de saúde e ser avaliado por médico para realização de exames que
afastem doenças comprometedoras ao doador, durante ou após a doação. Pela lei,
parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente
com autorização judicial.
A doação após o óbito por morte encefálica, que
deve ser realizada com a autorização da família, por escrito - por isso é
importante comunicar, em vida, à família o desejo de ser um doador de órgãos.
Nesse caso, a família do doador é entrevistada por uma equipe da Cihdott e,
após o consentimento familiar, o paciente passa pelo procedimento de captação
de órgãos, que são encaminhados ao Sistema de Procura de Órgãos e Tecidos
(SPOT). Essa organização faz o cadastro do órgão online em contato com a
Central Nacional de Transplantes e de acordo com os dados compatíveis dos
órgãos e a classificação dos pacientes na lista de espera, serão selecionados
os receptores, dando-se sequência ao processo de transplante.
Departamento de Comunicação - Fundação Hospital
Amaral Carvalho
Rua das Palmeiras, 89 - Jahu (SP).
Tel.: (14) 3602-1216 / 98138-7006
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