quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Planejamento financeiro é o segredo
para não se endividar e realizar seus sonhos

Faltou dinheiro para pagar uma conta. Aquele passeio vai ter que ficar para a próxima. No meio do mês o salário já se foi quase inteiro e ainda tem a fatura do cartão de crédito para pagar. Pessoas que passam por situações como essas tendem a ficar estressadas, desmotivadas e infelizes, pois existe uma relação direta entre dinheiro e qualidade de vida.

É o que afirma a economista e analista de processos da Fundação Amaral Carvalho (FAC), Patrícia Botari. E as coisas podem ir mais longe. "Uma pessoa com problemas financeiros tende a ficar distraída e, consequentemente, sujeita a acidentes de trabalho. Além disso, tem a probabilidade de produzir menos e comprometer sua vida profissional", diz.

Então, será que até mesmo a qualidade de vida depende do dinheiro? "Em termos, sim. A gestão eficiente das finanças pessoais reflete diretamente na qualidade de vida", esclarece Patrícia. A economista afirma ainda que, para se sentirem mais seguras e felizes, as pessoas devem se planejar financeiramente.

Uma questão de necessidade  

O relacionamento com o dinheiro, o significado que damos a ele e as coisas que podemos comprar, fazem toda a diferença na vida financeira. Pessoas suscetíveis à opinião do meio social e aos apelos de marketing têm maior tendência a se endividar, bem como aqueles que querem ser aceitos em um grupo social pelos bens materiais que possui. "Na verdade existem muitos problemas em relação ao significado do dinheiro em nossas vidas, e infelizmente vivemos numa economia que favorece isso: os ambientes são projetados para que as pessoas passem seu tempo consumindo e adquirindo bens", pontua Patrícia.

Campanhas publicitárias tentam despertar nas pessoas a insatisfação constante — seguida pela necessidade de aquisição. Até mesmo as crianças entram nesse ciclo vicioso. A profissional da FAC lembra que no ambiente familiar as pessoas tendem a querer compensar o tempo que dedicado ao trabalho com aquisição de coisas.

Não raro ouvimos justificativas como "Eu trabalho tanto, mereço um agrado" ou então "Passo tanto tempo longe de casa, preciso compensar essa ausência para meus filhos de alguma forma".

Patrícia explica que é preciso compreender que a aquisição de coisas não compensa o descontentamento no trabalho, a insatisfação pessoal, traumas ou falta de tempo dedicado aos entes queridos. "As aquisições materiais trazem bem-estar temporário apenas".

Há uma máxima em economia no seu próprio significado que diz que "economia é a ciência que estuda a escassez, e a escassez existe porque as necessidades humanas são ilimitadas e os recursos, limitados". Diante disto e da complexidade da estrutura do ser humano e dos relacionamentos sociais, as pessoas sempre criarão necessidades. Conforme salienta a economista, assim que suprem uma necessidade, as pessoas logo encontram outra e nunca estão satisfeitas. "Por isso a tendência a consumir e gastar cada vez mais", diz.

Organização

O sinal de alerta de que as finanças não vão bem é o sentimento de que realmente "sobra mês no fim do salário", conforme o dito popular. Essa situação não é normal e não deve acontecer. Planejar e distribuir a renda de maneira que as despesas sejam menores que a receita, é imprescindível. "As pessoas devem ter consciência de que o planejamento é a ferramenta adequada para gestão da vida financeira", ressalta a profissional.

Mas, e os imprevistos que podem comprometer nosso dinheiro? Todos estão sujeitos a isso, é verdade. Contudo, se houver planejamento e organização, as pessoas estarão preparadas, inclusive para imprevistos.

A economista Patricia Botari afirma que as pessoas devem ter consciência de que o planejamento é a ferramenta adequada para gestão da vida financeira

Ariane Urbanetto
Departamento de Comunicação - Fundação Dr. Amaral Carvalho
Rua Doutor Miranda Junior, 26 - Jaú (SP). CEP 17210-000
(14) 3626-3419
FOTO: Ariane Urbanetto / Assessoria de Imprensa FAC

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