segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Angiocor realiza primeira quimioembolização de
tumores hepáticos
  
No mês de junho a Angiocor realizou a primeira quimioembolização de tumores hepáticos em Jaú. O paciente é do HAC, mas sofreu a intervenção na Angiocor. O procedimento foi realizado na Hemodinâmica GE Avantix LFX Ômega DX, equipamento moderno que oferece tecnologia para procedimentos de intervenção e diagnóstico. A operação foi comandada pelo cirurgião vascular Daniel Colares Vasconcelos, da Angiocor. O aparelho é capaz de executar exames cardiológicos e vasculares com registro digital das imagens, armazenadas em disco ótico, podendo gerar cópias em CD.  

De acordo com o especialista, anteriormente os pacientes precisavam se deslocar para cidades, muitas vezes, distantes para conseguir o exame ou tratamento. Agora este tipo de serviço já está disponível em Jaú para pacientes de convênio e particulares da cidade e de toda a região. A Angiocor busca, ainda, credenciamento para pacientes do Sistema Único de Saúde.

Hepatites
(Por Daniel Colares Vasconcelos, cirurgião vascular)

Os pacientes portadores de hepatites B e C, pessoas que usam abusivamente de álcool e drogas, além de doenças crônicas podem desenvolver cirrose hepática, que é uma alteração na arquitetura do fígado, com formação de áreas de fibrose (uma espécie de cicatriz dentro do fígado), que provoca uma alteração da sua função e propicia o surgimento de complicações como:

- A hipertensão portal (aumento de pressão na veia porta, que drena o sangue do sistema digestivo, que provoca sangramentos graves pelo esôfago e estômago, e que leva a um agravamento da cirrose e à morte); 

- O surgimento de pequenos focos de dispalsias dentro do fígado, que são alterações celulares que podem levar a formação de câncer maligno das células do próprio fígado (Hepatocarcinoma - HCC).
Esse quadro é diferente do quadro de metástases que aparecem no fígado a partir de um tumor no intestino grosso (cólon). O paciente que tem o câncer de cólon não tem doença no fígado, e apesar de se tratar de câncer, essas metástases hepáticas podem ser retiradas cirurgicamente, ou até mesmo desaparecer com a quimioterapia sistêmica.

Já o HCC aparece em pacientes mais graves, que já têm o fígado doente. Muitas vezes aparecem múltiplos tumores em vários pontos do fígado. É o resultado da própria doença, que provoca múltiplos focos de displasias e neoplasias. Muitas vezes o paciente já está tão debilitado que não suporta a cirurgia, nem a quimioterapia sistêmica. A cirrose provoca uma redução da função do fígado, inviabilizando a retirada de uma parte do mesmo, já que o paciente entra em insuficiência hepática.

O único tratamento considerado curativo para o HCC é o transplante hepático, só que a maioria dos pacientes que chegam aos serviços de saúde no Brasil já estão fora dos critérios para indicação de transplante, devido ao estágio avançado da doença.

Desse modo, a maioria dos pacientes com HCC acabavam ficando sem tratamento, ou com tratamentos paliativos, não focados na doença propriamente dita.

Aí entra a quimioembolização hepática

Os mesmos grupos que criaram os critérios de indicação de transplante hepático (de Barcelona e Milão), começaram a estudar um procedimento em que se faz um cateterismo seletivo das artérias do fígado que irrigam os tumores, e injetam uma solução que inclui:

- as drogas quimioterápicas em altas doses, localizadas na área do(s) tumor(es),

- associada à injeção de partículas calibradas que irão provocar a embolização (entupimento) das artérias que irrigam esses tumores, provocando uma isquemia (falta de circulação) nessa região.

Dessa forma, haverá a morte do tumor pelo duplo mecanismo de: toxicidade pela QT + isquemia pela embolização.

Esse procedimento consegue um resultado muito efetivo nas lesões do fígado, sem efeitos sistêmicos. Mesmo pacientes graves podem ser tratados dessa forma, que é muito bem tolerado, porque é feito sob anestesia local, inclui uma internação de um dia, e pode ser repetida quantas vezes forem necessárias para provocar a redução do tumor.

Em virtude desse caráter minimamente invasivo, a quimioembolização se tornou a principal opção de tratamento para os pacientes com HCC, servindo até mesmo para manter pacientes que tem indicação de transplante, enquanto esperam na fila, para que os tumores não cresçam e não se perca a indicação.

Angiocor - Jaú

Faz parte do grupo, cujo nome é uma junção dos termos Angio (relativo a Angiologia/Cirurgia Vascular) e Cor (Coração/Cardiologia), uma equipe médica multidisciplinar composta por 18 profissionais altamente qualificados e com larga experiência para atender pacientes tanto em situações eletivas quanto emergenciais. O objetivo é elevar o nível de eficiência dos serviços prestados a toda comunidade, diminuindo a distância entre paciente e procedimentos necessários de qualidade.

A Angiocor é responsável por procedimentos em quatro frentes: Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia - Angiografias periféricas diagnósticas, tratamento endovascular que inclui as angioplastias com ou sem colocação de stent no setor periférico e carótidas, endoprótese de aorta torácica e abdominal, implante de filtro de veia cava, embolização de malformações arteriovenosas e outros. Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - Cateterismo de artérias coronárias, angioplastia com ou sem colocação de stent, implante de marca passo cardíaco, estudo eletrofisiológico e outros. Neurorradiologia - Angiografia cerebral diagnóstica, embolização de aneurismas cerebrais e malformações arteri ovenosas. Radiologia intervencionista - embolização e quimioembolização de tumores, embolização de miomas uterinos, procedimentos em problemas hepáticos, angiografia diagnóstica e terapêutica para hematúrias e hemorragia digestiva alta e baixa.

SERVIÇO - Angiocor
Local: Santa Casa de Jaú
Rua Riachuelo, Nº 1.073, Jaú, São Paulo.
Telefone: 3602-3210
 Fotos: Bruna Oliveira/ Maitri Comunicação
 Maitri Comunicação
(14) 9741-1902

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