sábado, 27 de novembro de 2010

Ceará bate novo recorde de transplantes!

O estado do Ceará figura entre os cinco estados com melhores taxas de DOAÇÕES, porém ainda há o que crescer!

Solidariedade, essa é a receita para o Estado do Ceará bater, pelo quarto ano consecutivo, seu próprio recorde em número de transplantes, isso mesmo antes do ano terminar. Até o dia de ontem foram realizados 772 cirurgias do tipo no Ceará. Para se ter uma ideia, é interessante observar que durante o primeiro semestre, o Ceará figurou entre os cinco estados brasileiros que obtiveram taxa de notificação de potenciais doadoras(es), próxima ou superior a 50 por milhão da população (PMP). Porém, foi o único que obteve taxa de efetivação acima de 40%. Isso segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

Para a conquista dos recordes o titular da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Arruda Bastos, destaca cinco fatores: o reforço do número de profissionais na Central de Transplantes, com a quantidade de médicos aumentando de dois para nove; o trabalho das comissões intra-hospitalares; a aquisição de quatro modernos aparelhos de eletroencefalogramas para ajudar no diagnóstico da morte encefálica; a descentralização da captação de órgãos e tecidos, que, além da Capital e Região Norte, passou a ser feita com mais força na região do Cariri; a solidariedade da população cada vez mais evidente, com a contribuição dos veículos de comunicação.

Para o coordenador do serviço de transplante de fígado do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), José Huygens Parente Garcia, esse resultado é ótimo não só para o Estado, mas como para o País, "isso é o reflexo da nossa referência nacional. Hoje o Ceará atende a pacientes oriundos não só daqui, mas de Estados vizinhos, como Maranhão e Rio Grande do Norte, assim como de outras regiões", frisou. Além disso, ele disse que o mais importante é reconhecer que esse resultado é fruto da competência das equipes de transplantes de órgão do Estado, da Central de Transplantes, que faz a busca ativa dos potenciais doadores, "e a generosidade da população".

Porém, acrescentou que esse resultado ainda pode melhorar muito, isso porque até o momento, o Estado tem uma média de 13 PMP ao ano, quando o ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 20 PMP. Para que esse índice seja alcançado, ele aponta melhorias imediatas nos serviços de urgência e emergência.

"A nossa briga hoje é melhorar a saúde pública emergencial, a exemplo podemos citar o Instituto Doutor José Frota sobrecarregado, pacientes em macas pelos corredores, isso interfere na qualidade do diagnóstico precoce", disse.

Ele informou que, somente este ano, 32 pessoas morreram na fila a espera de um transplante de fígado no HUWC. "Isso porque não tiveram um órgão a tempo, além de ter que suprir a própria demanda, o Estado tem que atender aos vizinhos, o que reflete a necessidade de mais transplantes", explicou.


Com o propósito de quebrar a barreira do preconceito e reduzir a desinformação, com persistência e esmêro...


As campanhas realizadas no Estado têm servido para impulsionar o crescimento dos números, uma vez que desperta, nas famílias, a iniciativa de ajudar quem precisa de um órgão para sobreviver. A Fundação Edson Queiroz, por exemplo, promove, desde 2003, a campanha "Doe de Coração" para conscientizar e sensibilizar as pessoas em favor da doação de órgãos.
 

P.s - Doadora(or)?
Terás a hombridade ou irá eximir-se?

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